Opinião: A mágica por trás de jogar videogames

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A paixão pelos videogames vai muito além do que podemos imaginar

Você já parou para se perguntar realmente o que realmente significa a expressão “magia dos videogames” que é utilizada com ocorrência em análises críticas na internet? Existem diversas maneiras de se interpretar a expressão, porém todas sempre acabam caindo no mesma lógica de relacionar a tal “magia” com às sensações e experiências únicas que apenas a mídia dos videogames oferece.

Seja por conta do maior foco em gerar imersão ou por causa de sua natureza interativa, é fato dizer que a experiência de jogar um jogo se distingue bastante de qualquer outra mídia de entretenimento. Quem joga deve saber muito bem que não existe nada parecido no mundo.

Certamente é possível tentar definir o que faz essa mídia ser tão “especial” utilizando termos técnicos ou teorias artísticas complexas, porém essas explicações nunca vão condizer totalmente com os diversos reais significados de todos os jogadores do mundo. Não é à toa que a palavra “magia” acompanha a expressão: ambas não podem ser explicadas com o raciocínio comum.

Do mesmo jeito que o amor convencional, a paixão pelos videogames vai muito além de qualquer estudo no campo teórico. Em sua forma mais pura, os videogames representam manifestações de arte e, na minha humilde opinião, não existe um jogo no mundo que apresenta esse conceito melhor do que Super Mario Galaxy (Wii).

Nesta hora você se pergunta “Por que Super Mario Galaxy em específico?”, e eu te respondo com um belíssimo “não sei”. Parece uma piada vendo desse jeito, mas as coisas são bem mais complexas do que aparentam.

Super Mario Galaxy não é nem de longe meu jogo favorito (cargo ocupado atualmente por Zelda: Ocarina of time ), ele também não é o jogo que mais me divertiu,  tampouco um jogo que marcou uma parte importante da minha vida e muito menos o título mais polido de sua própria sub-série de jogos. Por que, então, eu coloco ele em um pedestal tão alto assim? Existe algum sentido nisso?

Se existe, então eu não quero saber. O simples ato de jogar Super Mario Galaxy me provoca uma felicidade irracional. Eu poderia fazer uma enorme dissertação tentando explicar o porquê, mas isso não é necessário de maneira alguma.

No campo da arte, não há argumentos ou fatos técnicos que possam superar o poder de expressão do sentimento humano, por mais irracional que ele seja. Mesmo que a pessoa tente negar de todas as formas, o real sentimento do coração é o que define a verdadeira arte independentemente de suas qualidades ou defeitos.

Ilustração feita por ItsWolven

Não estou dizendo que videogames não deveriam ser analisados por qualidade ou termos técnicos. Isso ainda vai continuar sendo uma maneira extremamente útil de quantificar uma obra do ponto de vista lógico racional. No entanto, é preciso sempre lembrar que a emoção funciona de forma diferente para cada um e que, por causa disso, qualquer tentativa de argumentação pode ser completamente anulada.

A minha definição de “magia dos videogames” não é a mesma que a sua, e isso não deveria importar no final das contas. Super Mario Galaxy me faz feliz só de pensar nele, mas pode ser que para você esse “jogo especial” seja um caso completamente diferente.

O conceito da “magia” até pode ser indescritível, porém as ideias geradas por essa expressão precisam ser preservadas. A indústria dos videogames se sustenta até hoje como uma das mais lucrativas do mundo justamente por provocar essas sensações que fazem milhões de jogadores se apaixonarem mundo afora.

Não importa se foi jogando Super Mario GalaxyFinal Fantasy ou Free Fire. Enquanto sorrisos sinceros acontecerem durante as jogatinas, a verdadeira mágica dos videogames continuará existindo dentro de cada jogador.
Revisão: Vladimir Machado
Créditos: arte da capa por madsraa  1Tweet

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